Ameaças e violências foram relatadas pelos representantes das comunidades durante reunião e procedimento foi instaurado
Em reunião com o MPF (Ministério Público Federal) na tarde de quarta-feira (29), representantes de povos de terreiros do município de Dourados relataram inúmeros episódios de ameaças e violências, proferidas pelas redes sociais, e que teriam se intensificado após ato público promovido por representantes de 16 comunidades, no dia 25 deste mês. Na ocasião, os grupos realizaram marcha que percorreu diversas ruas do centro da cidade, entoando cânticos de matriz africana, em defesa da paz.
Os representantes foram recebidos na sede do MPF em Dourados pelo procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que instaurou procedimento para apurar os fatos narrados pelos presentes na reunião.
O ato público, segundo relatos desses povos, deriva de uma série de comentários proferidos por meio de perfis nas redes sociais, e que começaram a ser publicados após a ampla repercussão de episódios de violações de túmulos em cemitérios da região Sul do Estado, e que são investigados pela Polícia.
O procedimento investigatório foi instaurado pelo MPF logo após a reunião, e visa apurar as ameaças e violências sofridas pelos povos de terreiros de Dourados.