Golpistas presos em MS chegaram a dividir lucro de R$ 620 mil em um mês

Os réus pelo golpe bilionário em 1,3 milhão de investidores chegaram a ter lucro de US$ 120 mil – o equivalente a R$ 620 mil – em um único mês, conforme a denúncia do Ministério Público Federal. Eles foram presos na Operação La Casa de Papel, deflagrada em outubro do ano passado pela Polícia Federal.

A denúncia contra Ivonélio Abrahão da Silva, 48 anos, o filho, Patrick Abrahão Santos Silva, 24, Cláudio Barbosa, 45, Fabiano Lorite de Lima, 44, Diego Ribeiro Chaves, 34, e Diorge Roberto de Araújo Chaves, 59, foi aceita pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande.

“Dentro da organização criminosa, DIORGE CHAVES era responsável por administrar a área financeira, efetuando os pagamentos necessários a alguns investidores – de forma a manter o esquema com aparência de lucratividade – e dividindo os lucros entre os ‘sócios’”, apontou a procuradora federal Damaris Rossi Baggio de Alencar.

“A pirâmide financeira administrada pelos denunciados lhes permitiu obterem altíssimos lucros ilícitos. A seguir, mensagens trocadas entre DIORGE CHAVES e os demais denunciados em 06/05/2021, extraídas do telefone celular de FABIANO LORITE” , pontuou. “Durante o diálogo, os denunciados buscavam realizar a divisão dos lucros obtidos naquele período – provavelmente correspondente ao mês, tendo sido apurada a quantia de US$ 120 mil para cada um (cerca de R$ 620 mil no total)”, destacou.

A organização criminosa usou a Trust Investing, que não tinha autorização do Banco Central nem da Comissão de Valores Mobiliários para atuar. Eles pagavam lucros exorbitantes, mas para manter o esquema, eles precisavam captar novos investidores.

Quando a operação foi deflagrada, em outubro de 2022, eles contavam com 1,3 milhão de investidores.  A meta era mais que dobrar o número de vítimas e chegar a 3 milhões.