Lideranças religiosas ouviram pedido de socorro de indígenas da comunidade Jopara, em Coronel Sapucaia
Lideranças religiosas vindas de diversas partes do Brasil que desde ontem (20) estão em Mato Grosso do Sul chegaram hoje ao comunidade Jopara, no município de Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai. Além de palavras de apoio e compromisso em defender a causa, a Caravana Ecumênica em solidariedade aos povos guarani-kaiowá levou 30 cestas básicas às famílias da área de retomada.
Em maio deste ano, Alex Recarte Vasques Lopes, 18, membro da comunidade Jopara, foi morto a tiros e o corpo jogado no território paraguaio. Os índios afirmam que o assassinato ocorreu por disputa pela terra. Eles afirmam que a área ocupada foi expropriada da Aldeia Taquaperi.
“Estamos vindo de longe, de várias partes deste país, porque o sangue de Alex chegou até nosso coração”, afirmou aos índios a pastora Sonia Mota, da Igreja Presbiteriana Unida, de Salvador (BA). “Como pessoas de fé, nos sentimos incomodados com esse sangue derramado, que não é o primeiro nem foi o último”.
Segundo a líder religiosa, a morte do jovem guarani-kaiowá soou como mensagem, de que é preciso juntar as vozes em coro contra o assassinato de indígenas em Mato Grosso do Sul. “Não vamos compactuar com esse sistema de morte que estamos enfrentando”. Em seguida, a caravana de deslocou para Amambai, outro palco de confronto com morte de indígena, ocorrido no dia 24 de junho.
A Caravana Ecumênica é promovida pelo Fórum Ecumênico ACT Brasil (FEACT) e vai entregar alimentos para famílias das áreas de conflitos nas regiões de Amambai e Dourados. Ato ecumênico vai acontecer nesta sexta-feira (22) em Dourados, às 10h, na Praça Antônio João, em frente à Catedral.