Principal e mais famoso ponto do ecoturismo em Mato Grosso do Sul, Bonito vai passar a cobrar taxa de R$ 7 por dia dos turistas a partir de dezembro deste ano. O município segue o exemplo de outros pontos turísticos, como Bombinhas e Fernando de Noronha. O prefeito Josmail Rodrigues (PSB) afirmou que o dinheiro é necessário para salvar as belezas naturais, como o Rio Formoso.
Além de defender a cobrança da taxa, o socialista considera o valor baixo em relação a outros pontos no País. “Vejam, portanto, que o valor inicialmente instituído por nosso município estava muito abaixo do valor já cobrado por outros locais turísticos do Brasil e, infelizmente, está valor de R$ 7,00 (sete) reais, não é suficiente para cobrir todos os gastos necessários à manutenção do meio ambiente e da segurança dos turistas”, justifica.
Rodrigues cita o valor de R$ 11 cobrado em Jijoca de Jericoacoara (CE), de R$ 103,86 em Porto Seguro (BA) e de R$ 165 por pessoa em Fernando de Noronha, a paradisíaca ilha em Pernambuco. “Vai aumentar”, prevê o prefeito de Bonito, sobre a taxa, que ainda nem começou a ser cobrada e já deve ter reajuste em, 2023.
Aliás, a cobrança está prevista na Lei Complemente 162, de 21 de dezembro do ano passado. O artigo 53 prevê a criação da taxa de conservação ambiental no valor de R$ 7 por indivíduo e por dia. A lei só livra da taxa os moradores da cidade. Josmail Rodrigues explicou que somente agora concluiu o sistema para realizar a cobrança da taxa, que deve entrar em funcionamento no próximo mês.
O prefeito explicou que precisa investir R$ 25 milhões ate´2024 na preservação do meio ambiente. Uma das metas é recuperar o Rio Formoso, famoso pelas águas cristalinas, mas que vem sendo destaque no noticiário por águas barrentas em determinados períodos do ano.
Outro problema é a coleta seletiva do lixo, que só atinge 20% dos resíduos coletados no município. Para reverter este quadro, o prefeito firmou convênio com a associação dos catadores, que prevê o pagamento de um salário mínimo para cada família participar do programa.
A coleta do lixo também passou a ser feita na zona rural, mais uma parte do esforço em preservar as belezas naturais do município. Josmail contou que arrecada em torno de R$ 70 mil por mês com a cobrança da taxa do lixo. Só que o gasto com a coleta é de R$ 350 mil por mês. O lixo coletado é enviado para Jardim.
De cada real arrecadado, 80% vai para o meio ambiente. Outros 20% serão destinados para a assistência à saúde. O prefeito garante que haverá seguro para o turista, que inclui médico de plantão, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e ambulância.