Com o início da reprodução de papagaio, demais psitacídeos e várias outras espécies de aves em agosto, a Polícia Militar Ambiental deflagrou hoje (10), pelo quarto ano consecutivo, a operação Bocaiúva.
No período reprodutivo dos psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, maritacas, por exemplo), o Batalhão realiza a operação contra o tráfico de animais silvestres, especialmente o papagaio, animal mais procurado pelos traficantes em Mato Grosso do Sul.
A Operação Bocaiúva envolve principalmente policiais das subunidades da PMA localizadas na região mais afetada, que receberão reforços de outras regiões, no intuito principal de evitar a retirada dos filhotes dos ninhos, tendo em vista, que depois da retirada das aves, mesmo quando se apreendem os animais, os danos à natureza são incalculáveis e os custos, para cuidar dos bichos até a reintrodução envolvem muito dinheiro público.
A região principal do problema de tráfico de papagaio é basicamente a que constitui os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo.
A operação deste ano continua em razão dos resultados na prevenção ocorridos nas operações anteriores. Em 2019 foram 180 papagaios apreendidos e apenas sete em 2020. Em 2021 houve aumento, com 223 papagaios apreendidos, que estavam com casal paranaense.
“Isso indica que os infratores estão sendo detidos sem que consigam retirar grande quantidade de animais. Além disso, não foram registradas apreensões no estado de São Paulo de animais, para onde eles são destinados com mais frequência, saídos de Mato Grosso do Sul, diferentemente de outros anos”, afirma a PMA.