O advogado, detido após efetuar disparos no bloqueio contra o resultado das eleições deste ano na BR-060, em Sidrolândia, afirmou que efetuou os disparos para cima para se defender após ser atacado pelos bolsonaristas. “Sou de direita, não sou de esquerda e não concordo com isso”, ressaltou em vídeo que viralizou nas redes sociais.
“Não vou aceitar ser subjulgado por uma turba, uma quantidade de vagabundos, que estão atrapalhando as pessoas que estão trabalhando”, criticou. “Se precisar, vamos brigar, mas precisa ser com respeito e dentro da legalidade”, propôs.
O caso é o mais grave, registrado até o momento em Mato Grosso do Sul, onde há mais de 20 bloqueios de rodovias pelos bolsonaristas. Eles protestam contra a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pretendem realizar os bloqueios para manter o presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu, no poder.
No início da tarde, o advogado tentou furar o bloqueio e acabou causando correria ao efetuar disparos de arma de fogo. Ele admite os disparos, mas diz que os tiros foram dados para cima.
“Eu fui atacado”, explicou. Ele contou que tinha uma reunião importante em Campo Grande e implorou para passar pela barreira montado na BR-060, em Sidrolândia, a 71 quilômetros da Capital, mas foi impedido.
Ele contou que começou a ser atacado ao avançar sobre os manifestantes. “Começaram a atacar, a atacar contra a minha dignidade e a minha integridade”, justificou-se o homem. Ele ressaltou que tem porte de arma e, como advogado, conhece seus direitos.
“Vamos para o confronto, vamos discutir, porque sou contra isso”, destacou o advogado, criticando os bolsonaristas que não aceitaram a derrota para Lula.