A Defensoria Pública deverá assumir a defesa de Aparecido Alves Pereira e Valdir Alves Pereira, sobrinhos do presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário. Eles são réus pelo desvio de R$ 10 milhões da entidade e chegaram a ser presos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na Operação Cartão Vermelho.
Em despacho publicado no Diário Oficial da Justiça, o juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, informou que os cartolas não nomearam um advogado para defende-los na ação penal pelos crimes de organização criminosa e corrupção.
“Nomeio a Defensoria Pública como Defensor Dativo dos acusados Aparecido Alves Pereira e Valdir Alves Pereira, para que apresente resposta, no prazo de 10 (dez) dias (CPP, art. 396-A, §2º)”, determinou o magistrado.
O Gaeco denunciou Francisco Cezário de Oliveira e mais 11 pessoas, inclusive quatro sobrinhos, pelo desvio de R$ 10 milhões. Eles foram denunciados pelos crimes de peculato, organização criminosa e até furto qualificado. O Gaeco denunciou Cezário e os sobrinhos – Aparecido Alves Pereira, 63 anos, Francisco Carlos Pereira, 65, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira, 40, Umberto Alves Pereira, 64 – o vice-presidente da federação, Marcos Antônio Tavares, o Marquinhos, 61, e seu filho, Marcos Paulo Abdalla Tavares, 33, Luiz Carlos de Oliveira, 66, o gerente de TI da FFMS, Edson Bogarin Barbosa, 41, e Jamiro Rodrigues de Oliveira, 79.
O processo tramita em sigilo.
Cezário voltou para a cadeia após o Gaeco provar que ele ignorou determinação da Justiça para se afastar da Federação de Futebol e promover reuniões com os dirigentes de clubes em sua casa.