Com a implantação do novo modelo de cobrança do ICMS, a partir de quinta-feira (1º), o preço do litro da gasolina terá acréscimo de R$ 0,30 em Mato Grosso do Sul, o maior entre as 27 unidades da federação. O consumidor vai sentir no bolso o projeto aprovado em março do ano passado pelo Congresso Nacional, que teve o apoio de Jair Bolsonaro (PL) como parte da estratégia para reduzir o preço do combustível.
A partir de junho, todos os estados brasileiros vão passar a cobrar alíquota em reais, de R$ 1,22, por litro da gasolina. Atualmente, o ICMS cobrado em MS era de 17% sobre o litro. Na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), a alíquota chegou a 30%, mas caiu por causa de outro projeto aprovado em julho do ano passado.
Agora, a cobrança será feita com base na proposta aprovada em março de 2022. Não haverá alíquota em porcentagem e todos os estados vão cobrar R$ 1,22 por litro da gasolina. No Estado, até amanhã, a alíquota será de 17% e equivalia a R$ 0,92 por litro.
De acordo com o levantamento realizado pelo Uol, o acréscimo de R$ 0,30 em Mato Grosso do Sul será o maior do País. Nas demais unidades, o acréscimo será de R$ 0,11 a R$ 0,29. Em São Paulo, o aumento será de R$ 0,26.
O aumento nos postos ocorrerá após duas quedas consecutivas no preço da gasolina após a redução promovida pela Petrobras. Na Capital, os postos remarcaram os preços abaixo de R$ 5 na semana passada, ficando em torno de R$ 4,73 a R$ 4,99. O aumento mostra que a intenção dos deputados, senadores e Bolsonaro era reduzir o preço, mas acabou se transformando em “presente de grego”.