Diante desse prognóstico, a equipe técnica da Aprosoja/MS fez uma análise para avaliar o impacto potencial desse fenômeno climático na agricultura local.
De acordo com o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, a análise considera a progressão do plantio e a fenologia das culturas, levando em conta um ciclo de 128 dias. Durante esse período, foi identificado que aproximadamente 28% da área de cultivo de milho segunda safra 2023/2024, na região sul do estado, estará nos estágios fenológicos entre R1 (florescimento e polinização) e R4 (grão farináceo).
“Esses estágios são críticos e altamente suscetíveis a danos causados pela geada, podendo resultar em reduções significativas no potencial produtivo”, explica Gabriel.
Na região central do Estado, a análise da Aprosoja/MS estima que 13% das lavouras estarão nos estágios fenológicos entre R1 e R4 durante o período previsto para a geada, o que também coloca essas áreas em risco.
“A região norte parece estar mais segura, sem risco aparente de geada. Além disso, apenas 6% das lavouras nesta região estarão no estágio R4 durante o período de geada”, finaliza Balta.
Colheita do Milho
Até 14 de junho de 2024, a área colhida monitorada pelo Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, atingiu 4,2%. A colheita está mais avançada na região sul, com uma média de 5,1%. Na região central, a média é de 3,1%, enquanto na região norte é de apenas 0,5%. Dos 76 municípios produtores totais, apenas 42 municípios iniciaram a colheita.
Até o momento, a área colhida, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 92 mil hectares. O pico da colheita, de acordo com a fenologia, será entre os dias 21 de junho e 19 de julho, período no qual teremos 60% da safra em plena maturação.
A porcentagem de área colhida na 2ª safra de 2023/2024 está 4,2 pontos percentuais acima em relação à 2ª safra de 2022/2023, para a data de 14 de junho.
Destaca-se que 15% da área está fora do zoneamento agrícola de risco climático e 40% está fora da melhor janela de semeadura.