Angariar capital ilícito, bem como punir e manter a disciplina de integrantes da facção criminosa, que não seguiam as diretrizes da organização, como deixar de quitar débitos com a comercialização de drogas ou arrecadação das “rifas” (espécie de loteria do crime), foram os pontos investigados pelo Gaeco, deflagrando a operação “Sintonia”.
Durante a operação deflagrada na manhã desta segunda-feira (18), pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), junto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar e o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especial), foi presa em Dourados, Amanda Duarte Ferreira, 25 anos, ainda não foi informado qual a relação da jovem com o crime organizado.
Foram cumpridos 67 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados, Amambai, Bela Vista, Corguinho, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina e Rochedo.
Segundo informado pelo Ministério Público, as investigações realizadas pelo Gaeco, buscaram identificar e desarticular integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que, mesmo do interior do sistema prisional e muitas vezes já condenados por integrarem organização criminosa, mantinham contato com faccionados em liberdade, através de ligações telefônicas, para autorizar, gerenciar, coordenar e praticar supostos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, roubo, sequestros e homicídios no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul.
No dia 25 de março, o Gaeco e Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), além das forças policiais do sistema penitenciário e Polícia Militar, foram em busca de alvos investigados e presos são acusados de crimes como obstrução à Justiça e violação do sigilo funcional. As ordens eram para matar juiz e promotor de Mato Grosso do Sul, além de magistrados e promotora de Minas Gerais, vindas de lideranças da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios brasileiros, segundo a investigação, não foram cumpridas.